Senhora Rosa (Segismundo) Catequista

Senhora Rosa

(Segismundo)

Catequista

            Rosa Moreira da Silva (Rosa d’Azevido, Rosa do Fernandes ou Rosa do Segismundo), nasceu no Lugar do Vilar d’Aquém a 22 de Dezembro de 1896, filha de Joaquim Moreira de Sousa e Felicidade Fernandes da Silva.

            Já naquela altura fez a 4ª classe na escola de Aboim, pois naquele tempo quem tinha a 4ª classe já conseguia ter mais-valias em diversas áreas.

            Aos 32 anos, no dia 13 de Maio de 1928, nem por acaso no dia de Nossa Senhora de Fátima, casou com Segismundo Alves Barbosa e ficaram a morar no lugar de Partilhas (Santa Luzia), actualmente Rua Professor Alberto Rangel e deste matrimónio nasceram 4 filhos: Joaquim Moreira Barbosa, Carmindo Moreira Barbosa, Belmiro Moreira Barbosa e António Moreira Barbosa.

            Havia benfeitorias que muitos desconheciam, como dar injecções (chegou a andar dias inteiros fora de casa nesse serviço). Ensinou ainda muitas crianças a ler e a escrever.

            O que mais se destacou na sua vida foi ser catequista durante mais de 50 anos (a maior parte do tempo na Capela de Santa Luzia, mas também na sua casa). Passaram centenas de crianças pelas suas mãos.

            Entretanto deixou de exercer este cargo porque a sua idade já não o permitia.

            Na sua biografia houve duas datas que foram um marco importante na sua vida cristã, o dia do seu casamento, como mencionei atrás, e o seu falecimento no dia 25 de Dezembro (dia de Natal) de 1978.

            Partiu há 27 anos para a casa de Deus e nós Rebordosenses continuamos reconhecidos pelo seu empenho na actividade cristã, resta-nos apenas a sua memória.

Quantos anos já lá vão

Hoje, recordo com saudade

Os meus tempos de catequese

Tempos sãos e de liberdade!

Na hora da doutrina…

Descia o alto a correr

Ia ter com a Sr.ª Rosa

Para a chave do portão trazer

Na capela de Stª Luzia

Os colegas esperavam p’ra entrar

Para que eu abrisse o portão

E a doutrina começar

Para os mais teimosos

Ela tinha a cana na mão

Para manter o seu respeito

E haver mais compreensão

Com rugas no seu rosto

Marcando gerações a ensinar

São as marcas do caminho

Que vale a pena recordar

E agora estás no céu

Vais continuar a rezar

Nós também rezamos por ti

Como é bom te recordar

22 de Dezembro de 2005